Edição: 1ª Edição
Autor: Carlos Francisco Alves
Acabamento: Brochura
ISBN: 9789724025087
Data de Publicação: 01/01/2005
Formato: 23 x 16 x 2.87 cm
Páginas: 484
Peso: 0.76kg
Sinopse
Os investidores institucionais gerem uma fatia cada vez mais significativa dos activos financeiros nos mercados mais evoluídos. Daí que sejam frequentes os apelos à sua intervenção enquanto agentes fiscalizadores e indutores de uma melhor corporate governance, provenientes da esfera académica, de fóruns profissionais, de autoridades públicas e de organismos internacionais.
Este estudo questiona, porém, a disponibilidade dos investidores institucionais para o desempenho de um tal papel. Para o efeito, investigou-se, no plano teórico, o comportamento de grupos financeiros universais, procurando compreender a sua atitude perante sociedades que são suas clientes e nas quais os instrumentos de investimento colectivo por si geridos têm posições accionistas. Além das autoridades de supervisão e da estrutura accionista da sociedade participada, os resultados dependem crucialmente do comportamento dos clientes da área de gestão de activos. Estudos realizados para os EUA denotam um comportamento assimétrico, caracterizado por as más performances não serem tão penalizadas quanto os bons desempenhos são premiados. O comportamento dos clientes em mercados de menor dimensão pode, todavia, ser distinto, dada a menor complexidade de identificação dos operadores e da sua performance. Um estudo empírico foi realizado com este objectivo, concluindo-se por ausência de reacção sistemática e simétrica à performance dos fundos de acções nacionais.
Este comportamento reduz o espaço de equilíbrio em que o investidor institucional se comporta de modo consentâneo com os interesses das poupanças dos seus clientes e confere liberdade acrescida na gestão de carteiras. Daí que num outro estudo se tenha investigado a subordinação das carteiras dos fundos de acções nacionais aos interesses dos grupos que as gerem, concluindo-se que as acções das holdings desses grupos apresentam um peso excessivo face ao que seria justificável pela performance, pelo perfil de risco ou por outras características do activo. O inverso verifica-se com as acções dos demais intermediários financeiros.